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12março

Vai ver.

A beleza das coisas comparece aos olhos de quem não está sendo espetado por exaustão, estresses ou preocupações frequentes. Se você não consegue ver beleza nos dias que passam, analise os desgastes, as faltas, os excessos.

Buscar o corpo relaxado, passa por saber o que nos descansa, o que faz afrouxar nossos músculos endurecidos, vez em quando, nos propõe conhecer quais retiros nos atualizam, em quais quando. Você sabe?

A busca por beleza no gesto, na comida, no afeto, no horizonte, nas letras, numa arte, é meu ato fundamental de existir. Foi a beleza quem me segurou quando me sentia sozinha e desimportante, lá atrás – triste o suficiente pra não querer mais ser um coração batendo.

Eu buscava natureza, Lispector e escrita, lá atrás. Tinha 18, e sentia peso. Ali, encontrei a sabedoria do meu organismo refazendo a conexão com as saídas existenciais do difícil. Aprendi que, às vezes, é necessário cavar profundo, até se encontrar.

Hoje, minha carne é feita de porções disso. De porções de coragem, de vulnerabilidade, de força, de poesia, de costuras, de desmembramentos e reconstruções.

É… é possível experimentar faces mais serenas no espelho. E outras faces. Faces que ritmam sua verdade, sua temperatura, sua substância.

Deixo uma sugestão: faz uma lista de tudo o que considera beleza e vai viver nem que seja uma. Nas tantas e muitas cruezas do mundo, não esquece: (re)acenda a vontade de ver. Vai ver.

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"Não tenho ensinamentos a transmitir. Tomo aquele que me ouve pela mão e o levo até a janela. Abro-a e aponto para fora. Não tenho ensinamento algum, mas conduzo um diálogo." | Martin Buber