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05agosto

Tempos em nós

Arte maravilhosa de @milestoland (Instagram)

Qual é o passado do gesto que se faz?
Qual é o (não) movimento no presente?
Qual é o futuro da palavra dita e não dita?

Entender o passado não é suficiente, por si só, para que uma mudança aconteça, concorda? Mas é caminho.

O que a gente denomina passado pode estar mais presente que o presente, manifestando-se em desenraizamento, travas e trancas ou formas desapropiadas de sentido para si mesmo.

A grade comparece nos passos que estancam e permanecem fixos, perdendo a característica de ser passo- caminhante.

Assim como entender o passado não é suficiente por si só, se ocupar demasiadamente do futuro ou apenas do presente, podem não trazer as mudanças necessárias e desejadas.

Somos o tempo para o qual dedicamos o olhar, momento a momento. Você se percebe interrompida(o) em algum dos tempos?

Importante recordar: todos os tempos nos coabitam. Somos passado, presente, futuro. E ao longo da vida é fundamental transitarmos por entre eles, para ressignificar, para integrar, para aprender, para estar, para vivenciar com o corpo inteiro, para sentir, querer, mudar, agir.

Fazer o tempo fluir é saber que haverá nisso o humano, o sem ordem, o trajeto não linear: futuro-presente-passado-presente-presente-futuro-passado.

Ir e voltar. Isso é a vida.

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"Não tenho ensinamentos a transmitir. Tomo aquele que me ouve pela mão e o levo até a janela. Abro-a e aponto para fora. Não tenho ensinamento algum, mas conduzo um diálogo." | Martin Buber