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10agosto

Respiração ou respirações?

Ei, colega! Você utiliza a respiração como ferramenta no seu espaço de trabalho?

Nem todo mundo consegue sentir amplitude e fluidez no processo respiratório, experienciando a entrada e saída de ar, enquanto estados extremos e fixados, de padrões inspiratórios ou expiratórios. Sim, é possível sentir dificuldade em manter uma respiração demorada, livre, completa. Você já pode ter percebido em alguns processos existenciais.

Se você inclui o corpo de forma direta na clínica, é fundamental considerar que existem fatores que interferem no modo como a respiração acontece, que vão desde emoções a posturas corporais. Por exemplo: não basta colocar uma pessoa para fazer uma respiração diafragmática, se ela ainda nem se aproximou da forma habitual pela qual respira. Não basta pedir para uma pessoa expirar com mais demora, com intuito de alcançar mais relaxamento, se a mandíbula está totalmente travada e firme. Não basta conhecer diferentes exercícios respiratórios, sem conhecer a singularidade do momento ou da biografia do corpo que respira.

Vejo que é fundamental criar um relacionamento antes, o relacionamento possível, entre pessoa e corpo, sobretudo quando ela acredita que o corpo é um terceiro desconhecido, checando se é tolerável mergulhar nele.

Observar fenomenologicamente, notar o que trava, como trava, experimentar em si outros rostos, outros modos de sentar, de alinhar ou desalinhar a cabeça e recepcionar mudanças, dar-se conta do que acontece e de como impacta a respiração.

Não pode haver uma respiração tranquila e completa se a postura, a nuca, a mandíbula estão fortemente espremidas e submetidas às tensões. Essa vizinhança pode atrapalhar, e não é sem motivo que se pede atenção para os pés, para os ísquios, para o pescoço e para uma boca entreaberta, quando se considera a respiração como ferramenta.

O corpo é interligado. Se há alguma dificuldade, não desconsidere as emoções, o mapeamento das tensões do corpo, cheque se há necessidade de intervenções de profissionais de outras áreas, note a postura habitual ou momentânea, pode-se recomendar práticas corporais para ampliar espaço nos músculos, inclusive.

Mas, antes de tudo: como VOCÊ respira, colega?

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"Não tenho ensinamentos a transmitir. Tomo aquele que me ouve pela mão e o levo até a janela. Abro-a e aponto para fora. Não tenho ensinamento algum, mas conduzo um diálogo." | Martin Buber