+55 (71) 9.88879414
contato@robertabragapsi.com.br

image

01novembro

Já dançou hoje?

“Eu me solto. Por quantas décadas insisti em me prender?”

Encontrei essa pergunta em Barry Stevens. Desde então, ecoa. Sonhei com alguém querendo cortar as minhas expressões espontâneas e eu verbalizava com força e decisão: “não me poda, não”.

A dança é meu espaço de criação e cultivo do espontâneo. Lugar onde não pretendo permitir que me aprisionem em noções de belo. A dança não precisa fazer sentido para os outros. Precisa fazer sentido para mim. Para o corpo dançante. É suficiente.

A dança pode ser uma asa que nos leva feito vento, do jeito que o corpo quer. Pode ser remédio potente para a desconexão consigo, com o outro, com o mundo. Pode ser remédio para a ansiedade, para uma tristeza que estabelece morada longa no peito, para as vergonhas, as inibições. Pode ser resposta às vozes e aos juízes internalizados, que definem o que é feio, os movimentos proibidos, as cascas e moldes aprisionantes. Quando é improvisada, espontânea e ausente dos “tem que”, pode ser uma chave poderosa de liberação.

É possível dançar espontaneamente, mesmo que venha um senso de ridículo, de desajuste, de bobagem? É possível deixar o corpo solto de regras?

Chamar seu corpo pra dançar pode ser via para um choro necessário acontecer, para dizer não a quem quer te colocar em um pote apertado, para amar-se com toda a falta de jeito, com toda a beleza da sua espontaneidade.

Encontre tempo para dançar e veja o que aparece. Um convite para simplesmente deixar-se ser, em dança.

Voltar

"Não tenho ensinamentos a transmitir. Tomo aquele que me ouve pela mão e o levo até a janela. Abro-a e aponto para fora. Não tenho ensinamento algum, mas conduzo um diálogo." | Martin Buber