+55 (71) 9.88879414
contato@robertabragapsi.com.br

image

24janeiro

A quem se desculpa

Esse é um escrito para todas as pessoas que se desculpam quando ocupam determinados lugares.

As nossas histórias tem tantas rachaduras, né!? Uma delas pode ser aquela que partiu em pequenos pedaços o nosso senso de eu e de valor próprio. Assim, podemos seguir na vida descarnadas(os), sem a carne que materializa nossas presenças fortes no mundo.

E presença forte é sobre ocupar o lugar que se deseja, dar vazão à própria grandeza e produzir os ecos que te registram em outros corpos, outros timbres, outros solos.

As rachaduras no senso de eu e de valor próprio levam o indivíduo a não manifestar o tamanho que tem. Muitas vezes, passando uma vida inteira se escondendo e se protegendo, sem romper essa bolsa que provoca o nascimento, e tantos nascimentos.

Penso: Ah se essas pessoas soubessem a imensidão que são, o quanto podem, o quanto podem provocar infinitas florações em si mesmas.

Eu aprendi a soltar-me nas águas do que conquisto. E precisei romper a bolsa, num percurso esburacado e desviante, para saber que posso me permitir à fruição.

Você percebeu o que eu disse?

Um percurso esburacado e desviante. Em que podemos ser queda, ser quem não atende expectativas alheias limitantes, ser desvio.

Mais além. Aprendemos a ser como o réptil que entende de troca de pele e tamanho. E que sabe que está tudo bem crescer, sem se desculpar.

Posso recomendar uma música?

Escuta “Germinar”, de Flaira Ferro. Essa letra me dá carne e fortalecimento. Note como chega em você

Voltar

"Não tenho ensinamentos a transmitir. Tomo aquele que me ouve pela mão e o levo até a janela. Abro-a e aponto para fora. Não tenho ensinamento algum, mas conduzo um diálogo." | Martin Buber