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05setembro

Ontem fez sol, mas hoje não.

E o que você faz?
Aceita as oscilações ou fica na luta contra a falta de sol?

Deixa eu te dizer uma coisa: o tempo às vezes fecha mesmo, e por mais planos e expectativas criadas, tem coisas que não vão dar certo e tem pessoas que não vão querer entrar nos seus planos. E o que você faz quando não dá certo?

É essa a questão.

Porque a vida também é o que não dá certo, e é fundamental desenvolver habilidades para adentrar o território da frustração. Muitas pessoas evitam, fogem e entram em ciclos de autossabotagem por conta de uma imaginada e temida frustração. Quem nunca, em algum momento da vida?

Sim, se sentir frustrada dói, derruba algumas certezas, demonstra que não podemos controlar tudo, fazer tudo, querer tudo, e que estamos vulneráveis ao improviso.

Isso assusta muuuita gente, fazendo com que um nível baixo de tolerância ao que não dá certo, se estabeleça, impactando relacionamentos, trajetos profissionais, o senso de valor próprio, a postura corporal e os músculos do indivíduo.

Todo o espaço de vida dessa pessoa pode sofrer interferências, na medida em que ela não tolera os erros, os fracassos, o não saber, seu e do outro.

Na filosofia oriental, encontrei o conforto (ou desconforto) de entender que a impermanência circula por entre as esquinas da vida.

Sabe o que isso quer dizer?

Que vai dar errado apenas por um tempo. E que está tudo ok se der certo por um tempo também.

Nisso, algum ganho haverá por ser um vivido. Novos recursos internos poderão ser acessados, certamente.

E, como suponho que não temos ossos de vidro, como o vizinho da Amélie Poulain no filme Fabuloso Destino, podemos sim suportar as quedas e os baques da vida.

Porque tem queda, tem baque, mas tem a gente com potência de levantar outra vez e reencontrar uma direção nova.

O Homem dos Ossos de Vidro, se cair quebra. A gente, fortalece as pernas.

[compartilha com quem pode precisar ler isso hoje]

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"Não tenho ensinamentos a transmitir. Tomo aquele que me ouve pela mão e o levo até a janela. Abro-a e aponto para fora. Não tenho ensinamento algum, mas conduzo um diálogo." | Martin Buber