21dezembro
Quando falamos em um comportamento controlador, podemos visualizar dois tipos de pessoas: as que desejam ter controle sobre as diversas situações da vida em um alto grau e as que não se interessam em ter esse controle em um nível tão elevado assim.
O primeiro grupo de indivíduos se caracteriza por não apoiar o lema “deixa a vida me levar”, mas, ao contrário, se colocam como agentes ativos em diversos aspectos e áreas da existência. Geralmente, uma pessoa com comportamento controlador escolhe tomar as próprias decisões, costuma preparar-se para situações diversas com antecedência e evita relações de dependência. Por outro lado, o segundo grupo citado tende a se sentir confortável na ausência de responsabilidades, como também quando encontra outros indivíduos dispostos a tomarem decisões em seu lugar.
As pessoas que apresentam um alto grau de controle, pretendem exercer domínio sobre a própria existência. Porém, o que não se leva em consideração muitas vezes, é o caráter imprevisível da vida, em que até mesmo circunstâncias bem organizadas podem ser difíceis de controlar, como por exemplo, em relacionamentos e no ambiente de trabalho.
Nesse sentido, mesmo que nem todo resultado seja dominável, os indivíduos com um comportamento controlador alimentam uma ilusão de que basta o esforço pessoal para que tudo saia conforme o esperado. Dessa forma, quando se deparam com situações em que há pouca possibilidade de controle, tais sujeitos podem sentir angústia, ansiedade e tristeza.
É importante destacar que, de maneira geral, o comportamento de controle pode ser muito positivo e produtivo em algumas situações, como quando estamos realizando os nossos objetivos, por exemplo. Porém, é preciso pensar até que ponto esse comportamento funciona e até que ponto se torna contraproducente, para que, assim, não mergulhemos em um mar de autocobranças e frustrações que nos impedem de reconhecer e aceitar os nossos próprios limites.
"Não tenho ensinamentos a transmitir. Tomo aquele que me ouve pela mão e o levo até a janela. Abro-a e aponto para fora. Não tenho ensinamento algum, mas conduzo um diálogo." | Martin Buber